Em 31 de julho de 1941, diretamente acionado por Adolf Hitler, Hermann Göring escreveu ao general da SS nazista, Reinhard Heydrich, para que fosse preparado o plano de “solução final” para a chamada questão judaica. Pedia-lhe previsão de meios necessários, tempo e resultados. O plano desenhado e posto em prática era tão simples quanto ignominioso: concentrar a população judaica, comunistas, prisioneiros de guerra soviéticos e opositores políticos em guetos, campos de concentração e de extermínio para a posterior destruição em massa. O plano de “solução final” foi se tornando mais abrangente, escancarado e desesperado, na medida em que a Alemanha hitlerista se aproximava da derrota. 83r2o
A execução de 45 palestinos por bombardeio a um campo de refugiados em Rafah, no Sul de Gaza, em 26 de maio, é parte da execução do “Plano final” hitlerista da entidade sionista. Em 1941, os hitleristas usavam gases e pesticidas: as condições de Rafah obrigam os hitleristas modernos a substitui-los pelos bombardeios aéreos.
Praticamente todos os países, ademais da própria ONU, se posicionaram contra o início das operações em Rafah – onde está concentrada a maior parte da população de 2 milhões de palestinos, num pequeno território onde antes viviam apenas 70 mil pessoas – e advertiram que ocorreria o massacre nacional e étnico, de civis, sem precedentes modernos. Sem problemas para os sionistas: o plano é exatamente este. Afinal, desde o início das operações na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, os sionistas pediram, insistentemente, que a população civil palestina evacuasse rumo a Rafah, e manobraram as tropas e os bombardeios para forçar que isso ocorresse – agora, tentam exterminá-la de uma única vez.
Frente a repercussão mundial, Benjamin Netanyahu disse, no dia de hoje (27): “Apesar dos nossos máximos esforços para não ferir civis inocentes, na noite ada, houve um erro trágico. Nós estamos investigando o incidente e vamos obter uma conclusão, pois essa é a nossa postura”. Hitler, conhecido por seu cinismo sem paralelo até então, ficaria rubicundo com a desfaçatez deste criminoso de guerra. Esta é a primeira operação com número exorbitante de mortes civis em Rafah. Se depender dos hitleristas do Estado sionista, não será a última.
Por seu turno, a Resistência Palestina segue combatendo e mantém ativas as suas forças. Após o massacre em Rafah, o Hamas afirmou, através de um dirigente: “A responsabilidade direta pelo massacre israelense no campo de deslocados de Rafah é do USA e do presidente do USA, Joe Biden, pessoalmente”, disse Mahmoud Taha. Em Jabália, no Norte de Gaza, as forças armadas da Resistência têm realizado inúmeras emboscadas e até capturou um batalhão das forças sionistas, como em 18 de maio, quando 20 soldados sionistas foram mortos em Rafah; e, mais recentemente, no dia 23, quando as forças da Resistência feriram 30 soldados da entidade ocupante.
Como recentemente afirmou a Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), a humanidade progressista deve parar o sionismo como parou Hitler: “pelas armas”. E se a “solução final” dos sionistas se mostra mais desesperada, virulenta e horripilante frente a humanidade, é porque, tal como a original de Hitler, está se aproximando a sua derrota final.