A capital federal foi palco de um intenso protesto nesta segunda-feira (09/06), em frente ao Palácio do Planalto, com o objetivo de exigir a libertação imediata da tripulação da Flotilha da Liberdade. Entre os ativistas sequestrados por Israel estava o brasiliense Thiago Ávila, figura conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos. O AND cobriu a mobilização in loco.
A mobilização, que teve início às 17h, foi uma resposta direta à interceptação do barco “Madleen” pelo estado sionista de Israel em águas internacionais, uma ação que, segundo o Comitê de Solidariedade à Palestina do Distrito Federal (CSP-DF), viola abertamente o direito internacional humanitário. A bordo, 11 ativistas, incluindo Thiago Ávila e a ativista sueca Greta Thunberg, além de um repórter da Al Jazeera, tentavam levar ajuda essencial à população sitiada de Gaza.
O governo brasileiro se pronunciou apenas às 5h da manhã de segunda-feira, quase nove horas após a interceptação da embarcação. Em uma nota, o Itamaraty limitou-se a afirmar que “acompanha com atenção a interceptação, pela marinha israelense, da embarcação Madleen” e que “o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos”. Uma resposta tímida e insuficiente frente à gravidade do ocorrido.
Durante o ato, Lara Souza, esposa de Thiago Ávila e também ativista política, trouxe a notícia de que “Thiago e os demais estão bem”. Ela informou que eles chegaram a uma base militar, mas que naquele momento não havia clareza se seriam detidos ou deportados imediatamente, embora as embaixadas estivessem em contato. O clamor por um corredor humanitário para Gaza foi reforçado por Lara, que enfatizou a necessidade de que a tentativa da Flotilha, mesmo sem alcançar seu destino final, “não seja em vão”. Ela enfatizou a importância de manter a mobilização e a urgência da abertura de um corredor humanitário.
Faixas e cartazes foram erguidos no ato com os dizeres “Libertem os ativistas da Flotilha da Liberdade”, “O Brasil não pode ser cumplice do sequestro dos ativistas da paz”, e uma faixa da Liga Anti-imperialista com os dizeres “A Palestina é o nosso país! Juntos venceremos!”, ecoando a solidariedade inabalável com o povo palestino. Gritos de “Palestina resiste! Palestina triunfará!”, “Do rio ao mar, Palestina livre já!” e “Lula rompa com Israel!” ressoaram na Praça dos Três Poderes.
